Sou leitor regular de jornais on line, dentre os quais a Folha de S. Paulo, que mantém uma versão digital atualizada em www.uol.com.br/folha. Eu nunca havia visto, no jornal, uma matéria "de capa" em inglês. Vi hoje (circulada, por mim, em vermelho - clique para ampliar):
Às vésperas de realização quase simultânea dos Jogos Olímpicos e de uma Copa do Mundo de futebol no Brasil - coisa, reconheça-se, que não ocorreu "nunca antes na história deste país", e talvez em nenhum outro canto do mundo - qual o interesse em um periódico paulista divulgar, em inglês, os conflitos armados que vêm ocorrendo em outro estado brasileiro? Não se trata, naturalmente, de mera difusão da informação. Nem de tentativa de expandir-se como veículo internacional - se o fosse, o jornal poderia ser inteiramente traduzido para outros idiomas.Essa ação não é informativa em sua essência, mas política. E chama, infelizmente, por regulações - indesejadas - igualmente políticas da imprensa. Torçamos para que os profissionais da área percebam que não podem prorrogar eternamente a irrestrita impunidade em nome de um dogma antiditatorial. Que proponham, por si e para si, mecanismos de avaliação e controle dos abusos. Para que os controles não sejam externos e, portanto, também abusivos.
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