terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Responsabilidade de imprensa

Estamos sempre às voltas com matérias jornalísticas (que, muitas vezes, nada noticiam) clamando pela manutenção e ampliação da liberdade de imprensa. Ao menor sinal de algo que, quem sabe, talvez, em algum momento venha a se configurar como algum tipo de cerceamento (ufa!), ainda que mínimo, toda a imprensa se escandaliza; torna explícita a sua função de Quarto Poder e faz veicular manifestos puramente político-ideológicos em suas páginas, em lugar de veicular notícias com a maior imparcialidade possível.
Não, não sou crítico da liberdade de imprensa.
Mas desde quando a raça humana passou a viver em sociedades minimamente estruturadas, liberdades naturais foram substituídas (e ampliadas) por liberdades civis, as quais sempre vêm acompanhadas de responsabilidade.
Quero dizer: tão importante quanto discutir a liberdade de imprensa, é discutir a responsabilidade de imprensa. E, naturalmente, as punições para veículos que não cumprem com sua responsabilidade social. Lamentavelmente, não vi ainda nenhum passo nesse sentido...

Em tempo: Minha motivação para esta postagem? O "espanto" (em sentido filosófico) que me causou uma manchete estampada na página principal do UOL na manhã de hoje. Das sete palavras contidas na manchete, três eram onomatopeias, se tanto: R-E-B-O-L-A-T-I-O-N; P-A-R-A-N-G-O-L-É; e T-C-H-U-B-I-R-A-B-I-R-O-M. "Rebolation", inglês macarrônico, lembro de ter ouvido em carnavais passados. Não faço ideia de que diabos sejam Parangolé e Tchubirabirom. Espero que não haja nessas coisas motivos para eu ficar com medo.
Mas não é só. Das mesmas sete palavras constantes na mesma manchete, outras duas eram "ensina" e "aprenda". Aí a coisa foi longe demais...

A vídeo-matéria está disponível aqui (cuidado ao acessar).

Nenhum comentário: