segunda-feira, 23 de junho de 2008

Imaginação

Durante o 2º ano do meu curso de Filosofia, fui apresentado a uma temática que ainda hoje considero especialmente instigante. Na ocasião, sob orientação do prof. Danilo Almeida, estudávamos comparativamente as duas edições da Crítica da Razão Pura, de Kant (o autor mudou trechos substanciais do texto entre uma edição e outra; no Brasil, acredito que ainda não tenhamos tradução da 1ª ed.). Líamos a interpretação dos chamados neo-kantianos, pautados na segunda edição, e a defesa de Heidegger pelos caminhos traçados por Kant na primeira edição. De forma simplista, estava em questão uma certa disputa entre a imaginação (1ªed) e a razão(2ªed) como faculdade fundamental.
Desde então e cada vez mais, acredito que filosofia se faz, antes de tudo, com imaginação.
E desde então e cada vez mais, constato que a educação formal faz limitar a capacidade imaginativa dos estudantes. Problemas a uma filosofia da educação...


(clique na imagem para ampliá-la)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Fetiche bizarro

(Clique na imagem para ampliá-la)

Coisas do modo de vida capitalista, já adiantadas por Marx no primeiro livro d'O Capital, quando fala que "Uma relação social definida, estabelecida entre os homens, assume a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. Para encontrar um símile, temos de recorrer à região nebulosa da crença". Afinal, o homem (melhor, o ser humano) não era tão racional como, talvez, quisera Descartes. Ao contrário: no capitalismo, nos diz Marx, "os produtos do cérebro humano parecem dotados de vida própria, figuras autônomas que mantém relações entre si e com os seres humanos. É o que ocorre com os produtos da mão humana, no mundo das mercadorias. Chamo a isso de fetichismo".

domingo, 15 de junho de 2008

Sobre o prazer

Apenas uma curiosidade:
Já que trouxemos o assunto do prazer para o Blog (ver postagens anteriores, sobre Michel Onray, do final de maio), segue mais uma polêmica acerca deste assunto. Contra aquela velha afirmação de que apenas os humanos fazem sexo por prazer, veja a reportagem abaixo, publicada originalmente no jornal Diário do Grande ABC:

Teste de paternidade revela traição entre os gorilas de zôo na Suíça
Da AFP
Um teste de paternidade realizado com os gorilas do zoológico suíço da Basiléia revelou que uma das crias não é filhote do chefe do grupo, uma situação "quase inacreditável, que transgride as regras em vigor entre esses animais", segundo os funcionários do centro.
Kisoro, um macho dominante de 17 anos, não é o pai de Chelewa, filhote de dois anos e meio, que é fruto de Viatu, um jovem gorila de nove anos que, pelo jeito, conquistou uma das fêmeas do grupo. Nas comunidades de gorilas, apenas os machos de pelo menos 12 anos podem se acasalar.
O zôo realizou o teste de DNA com o objetivo de completar os dados sobre os nascimentos em cativeiro na Suíça. A atitude da mãe, Wima, que sempre mostrou uma certa inclinação pelos outros machos do grupo, fez aumentar as dúvidas, acrescentou a porta-voz do zôo de Basiléia, Tania Dietrich.


Ao que parece, tesão não é pegado. É natural.

sábado, 14 de junho de 2008

Notícias desta América

Segue convite para o encontro deste mês do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Filosofia da Educação. Ocorrerá no dia 19/6, às 14h, na FEUSP, com a exposição inicial feita pelo prof. A. J. Severino, sobre a Possibilidade da filosofia nas culturas não-européias. Clique na imagem abaixo para ampliá-la.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A questão é transformá-lo

Na famosa 11ª tese, Marx nos alerta que já interpretamos o mundo suficientemente para começarmos a transformá-lo.
A charge do Angeli, publicada na Folha de S. Paulo, faz pensar que a revolução não está tão perto: enquanto muitos marxistas, marxianos e marxólogos continuam discutindo a revolução, parece que há uma tendência social a nem mais interpretá-la. Melhor mesmo é olhar de longe...


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Agora é lei

Reproduzo abaixo notícia originalmente publicada no UOL, sobre a obrigatoriedade legal de inclusão das disciplinas Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio:

Filosofia e sociologia passam a ser obrigatórias no ensino médio
Da Redação
Em São Paulo

O presidente em exercício José de Alencar aprovou nesta segunda-feira (2) o projeto que torna filosofia e sociologia obrigatórias nos três anos do ensino médio.
A lei vale tanto para alunos de escolas públicas quanto de escolas particulares. O texto não especifica quando a lei deve ser implementada.
Segundo levantamento do CNE (Conselho Nacional de Educação), ao menos 17 Estados já têm as duas disciplinas no ensino médio. Outras escolas, muitas delas particulares, já as oferecem há anos.

Veto em 2001
Filosofia e sociologia foram retiradas do currículo obrigatório do ensino médio durante o regime militar (1964-1985) e substituídas por educação moral e cívica e organização social e política brasileira.
Em 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso vetou um projeto de lei que incluía as disciplinas novamente.
O texto, proposto pelo petista Padre Roque (PT-PR), havia sido aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Sob a gestão tucana, o Ministério da Educação argumentou que o texto criava ônus para os Estados, que teriam de contratar mais professores, e era anacrônico, já que os currículos modernos deveriam, para o ex-ministro Paulo Renato Souza, pregar a interdisciplinaridade.