quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Rápidas & Ácidas (III)

Um pouco mais do mesmo:

A partir do momento em que o prazer ou a dor deixam de se fazer ouvir (e não dirigem mais nossos passos), corremos um grande risco de nos perder. A procura de um e a fuga do outro são os únicos guias fiéis que os homens – e, de modo geral, todos os animais – têm para se orientar.
Anônimo [em Giordano Bruno Redivivo]


É fácil concluir o quanto o sábio insensível dos estóicos está distante da perfeição de nosso filósofo. Queremos um homem, e o sábio estóico não passava de um fantasma. Eles enrubesciam por causa da humanidade, enquanto nós fazemos dela nossa glória. Queremos tirar proveito das paixões, queremos fazer delas um uso racional e, por conseguinte, possível, e eles queriam loucamente aniquilar as paixões e nos pôr abaixo de nossa natureza por meio de uma insensibilidade quimérica. As paixões ligam os homens entre si, e essa ligação é para nós um doce prazer. Nós não queremos destruir nossas paixões nem ser destruídos por elas...
César Chesneau du Marsais


Homo sum, et nihil humani a me alienum puto (Sou homem, e nada daquilo que diz respeito à humanidade deve me ser estranho)
Terêncio (citado por Cheneau du Marsais)

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