terça-feira, 16 de junho de 2009

Filosofia e política no mundo antigo

Parte das aulas de Ética que ministrei neste semestre que se encerra, envolveram o mundo antigo. Ainda que tenha me concentrado na ética aristotélica, pelos menos duas relações são imprescindíveis: uma, entre Aristóteles e seu mestre, Platão. Outra entre a ética e a política.
Recentemente o prof. Dr. Gabriele Cornelli, amigo há alguns anos, publicou um texto interessante que aborda a questão, especialmente centrada em Platão. Seguem os dados e, mais abaixo, o link para o texto completo:

Título: A paixão política de Platão: sobre cercas filosóficas e sua permeabilidade.
Resumo: O presente artigo se propõe abordar a questão da relação entre a filosofia e a política, partindo do debate intelectual sobre ética e política do V-IV século em Atenas. Debate, este, que acontece na esteira do surgimento de uma nova individualidade, marcada pela descoberta da tragicidade alma. Destaca-se no interior deste debate a redefinição de uma postura filopolítica, em toda sua ambigüidade histórica e idealidade ética. Aristófanes, Tucídides, Eurípides, Górgias e, obviamente, o próprio Platão estão empenhados na definição da possibilidade (ou menos) de encontro entre filosofia e cidade, público e privado, justiça e interesses, indivíduo e comunidade. A solução platônica para o problema revela complexidade e articulação típicas de seu pensamento: o filósofo que se repara da tempestade atrás de uma cerca acadêmica (Resp. 496d) é o mesmo que, “para não parecer somente palavra a ele mesmo” (VII Epist. 328c) zarpa em direção ao
incerto projeto siracusano.


O artigo completo está disponível no site do Grupo Archai: clique aqui.

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