sábado, 30 de outubro de 2010

Declaração de voto (II)

Às vésperas do segundo turno das eleições para presidente - e governadores em alguns estados - uma nova reflexão sobre o meu voto.
Mesmo sem expectativas de grandes transformações, entendo que a Dilma é a melhor opção. Ainda que ambos os partidos concorrentes estejam no mesmo campo político, do centro-direita à direita, a competência petista parece ter superado a tucana, ainda que a cartilha tenha sido, primeiro, rezada por FHC & Cia. As melhoras sociais, apesar de baseadas em assistencialismos e eleitoralismos, foram significativamente mais marcantes no governo Lula.
Além disso, assumo os motivos expressos na nota política do Partido Comunista Brasileiro sobre o tema. Reproduzo abaixo um trecho:

As candidaturas de Serra e de Dilma, embora restritas ao campo da ordem burguesa, diferem quanto aos meios e formas de implantação de seus projetos, assim como se inserem de maneira diferente no sistema de dominação imperialista. Isto leva a um maior ou menor espaço de autonomia e um maior ou menor campo de ação e manobra para lidar com experiências de mudanças em curso na América Latina e outros temas mundiais. Ou seja, os dois projetos divergem na forma de inserir o capitalismo brasileiro no cenário mundial.

Da mesma forma, as estratégias de neutralização dos movimentos populares e sindicais, que interessa aos dois projetos em disputa, diferem quanto à ênfase na cooptação política e financeira ou na repressão e criminalização.

Outra diferença é a questão da privatização. Embora o governo Lula não tenha adotado qualquer medida para reestatizar as empresas privatizadas no governo FHC, tenha implantado as parcerias público-privadas e mantido os leilões do nosso petróleo, um governo demotucano fará de tudo para privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal para as multinacionais.


O texto integral está disponível aqui.

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