segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Guerra e Paz

O início deste ano foi marcado, dentre outras coisas, pelos desproporcionais ataques de Israel à Palestina. Confesso que por andar mergulhado nos meus estudos acadêmicos, não vinha acompanhando de perto a política internacional (tema que sempre me atrai); por isso, eu não havia percebido a clara intenção israelense, de fabricar um cenário de instabilidade semanas antes de suas eleições locais. Temeroso, o povo elegeu a direita e a ultra-direita.
A guerra de Israel contra a Palestina parece a história bíblica de Golias contra Davi - ainda que não saibamos o final desta história, a real e atual. Israel, fundado em 1948 ocupando territórios anteriormente pertencentes a outros países árabes; financiado, armado e politicamente protegido pelos EUA. Tem tantos desafetos locais que a Liga Árabe - um conjunto de países da região - fundou a Organização para a Libertação da Palestina - OLP.
O motivo dos desafetos de Israel é, politicamente, o mesmo de seu sucesso nos massacres aos árabes: a força que permitiu o estabelecimento do Estado de Israel é uma força ocidental, estranha àquela vizinhança. Lá, Israel é aquele que se prostituiu em troca da força para ganhar uma disputa a qual, sozinho, nunca tinha sido capaz de vencer.
Lamentável que o mundo aceite esse tipo de ingerência internacional (imagino se tivesse sido Cuba, e não os EUA, a interferir na política internacional, qual não seria a reação da ONU...)
Lamentável que em 2009 ainda se faça guerra para ganhar eleições.

Para saber mais, acesse o sítio da Tenda Árabe

Um comentário:

Teca Pereira disse...

Oi Daniel
Li com curiosidade latina o seu texto. E, como jornalista -- mais do que uma estudante de Filosofia --, tenho que lhe dizer que o seu texto é muito bom. Realmente, é lamentável se 'fabricar' uma guerra para se ganhar uma eleição e, infelizmente, isso não acontece só do lado de lá. Aqui, no nosso quintal, vemos isso ano após ano. Nossas guerras são diferentes, mas não deixam de ser guerras que produzem mortos, feridos e elegem sempre os mesmos, que se dizem tão diferentes. Abraços. Teca