sábado, 6 de novembro de 2010

Educação como mercadoria

É triste quando as notícias sobre instituições de ensino superior brasileiras são lidas nos cadernos de Economia dos jornais.
O UOL noticiou recentemente que a Anhanguera, "con(a)glomerado" educacional, registrou no último trimestre lucro superior a 32 milhões de reais. Registre-se: LUCRO. Superior a R$ 10 milhões por mês. Chocante.
Há alguns anos defendia-se que era preciso democratizar o ensino superior no Brasil. A falácia ocorrida desde então convenceu a alguns, que acham que estamos democratizando. Não estamos.
Se o acesso é mais fácil, trata-se de acesso a sabe-se-lá-o-que. Não é ensino. Menos ainda, superior.
A notícia referida está disponível aqui.

2 comentários:

Gustavo Schiavinatto disse...

Pois é Daniel, parece que o aluno que compra essa mercadoria não está disposto a adquirir a cultura que o professor tanto acredita, ou algum conhecimento de propósito crítico, aquele que nossa sociedade mais precisa. Esse aluno que proporciona esse crescimento econômico das universidades, entende o curso superior como um investimento.... que, por sua vez, como todo investimento, visa ganhar mais dinheiro do que o investido. O crescimento intelectual e desenvolvimento da sociedade, que são de responsabilidade das universidades, ficam em segundo plano, aliás, não estão no plano definitivamente.

Eduardo Bento disse...

Daniel,

Eu vi essa notícia, realmente, parece-me que a "educação" não é nada mais que um negócio para uma grande faixa das instituições de ensino "superior" (inferior?).

Um abraço,

E.B.