sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Filosofia necessária

Há quase dois anos fiz no Blog duas postagens defendendo a necessidade da Filosofia no nosso mundo atual (e em todas as atualidades). Por motivos diversos, o assunto me volta à tona. Estas postagens estão nos links abaixo:

- Contra o emburrecimento (clique aqui)

- O abuso é sempre regra (clique aqui)

Embora o contexto fosse outro, estes são argumentos que permanecem. Neste momento, para mim, em especial o do segundo link.

3 comentários:

Gentil Martins dos Santos disse...

Acho que não precisamos mais falar em defesa da filosofia professor - já se falou tanto. As vezes penso que o é melhor a fazer é deixarmos tudo vira uma sadomo e gomorra.

Abç Professor

Daniel Pansarelli disse...

Continuemos batalhando, Gentil. Não consigo separar o trabalho como filósofo - e como professor de filosofia - da militância política.

Gentil Martins dos Santos disse...

Outro dia num encontro do grupo de estudo Didaktiké, começamos a devagar, como é de minha sina, e tive que ouvir de um aspirante a filosofo, que “Marx é coisa passada na Europa”; que estamos “atrasados”, e que ele tinha as coisas porque trabalhava, tinha estudado etc. É bem o discurso liberal: o capitalismo é democrático, é aberto, dar oportunidade a todos aqueles que sabe explora-las (isto me desanima tanto professor).
Esquece que são realidades diferentes, que o humanismo entre nós ainda é “uma idéia fora de lugar” (para Lembrar Schwarz).
Segundo que nem todos contam com os privilégios de nascerem em famílias privilegiadas; e que, o que queremos, e é justamente a defesa de um mundo onde todos possam ser livres, e conscientes do seu lugar nele - onde viver não seja um privilegio -: seu lugar: o do outro.
O que me espanta, me cansa, é ter que defender o obvio professor. Deus, defender a filosofia, a vida, num mundo onde a sua degradação é vista a olhos nus... e mais, entre os próprios filósofos? Os sábios? (ao que Rousseau tem razão: é possível degolar um cidadão de baixo da janela de um filosofo).
É impossível não lutar, mas não com a esperança da vitória, mas da luta pela luta (reminiscência de Kafta), eis o paradoxo.
Militamos por se impossível fugir da defesa da dignidade, da liberdade, da vida.
Mas a luta tem um preso professor, talvez eu pense que seja muito alto (rsrsrs).