
Questões simples, como a necessidade da Universidade ensinar (não é a universidade quem ensina, mas...) coisas efetivamente importantes à vida das pessoas que nelas aprendem - e, acredito, todos apendem quando circulam pela Universidade - são tratadas com extrema dificuldade, provavelmente em função de toda a tradição universitária consolidada ao longo de séculos.
Talvez por ser minha praia, vejo esta situação de forma ainda mais problemática quando lidamos com licenciaturas: muitas vezes a forma tradicional com que nós, professores, aprendemos é a forma como ensinamos os alunos que, em breve, estarão ensinando nas escolas de educação básica. E chegando neste nível, na educação básica, a diferença entre a tradição cristalizada e conteudista e a realidade vivida pelos estudantes se torna uma barreira muitas vezes impeditiva de se estabelecer a própria comunicação. É isso que vivi quando eu lecionava para o Ensino Médio, e também o que tenho ouvido nos relatos de muitos professores da educação básica: parece que o que os professores falam, não é entendido pelos alunos. Parece não, é!
